segunda-feira, 10 de maio de 2010
Na medida do que sinto
Pormenores de nós. Cada cena. Cada beijo. Cada olhar. Cada sorriso. Cada palavra. Cada lágrima. Cada peça que constitui o puzzle que somos. O que mais quero é terminar o puzzle, apesar de saber que nunca vou conseguir. Ter-nos por inteiro. E tanto de nós na caixa. Fria por fora. Fervilhante por dentro. Um vulcão adormecido pelas circunstâncias. Um espaço reduzido, sendo enorme. Valor. Nada mais valioso que cada pormenor. Estar com a pessoa certa no lugar certo, palavras que te pertencem. O Palco. A verdade. Tudo numa caixa que cheira a azul. Cheiro de luz. Cheiro das lágrimas que não param de cair. Tens-me puro, as lágrimas são fruto da luz que tenho dentro. Amor. Pormenores de nós que fazem parte do que sou. Farão sempre parte do que sou. Sou Amor. Sou tu. Ocupam tudo o que vejo, o que sinto, o que cheiro, o que oiço. É quente o que oiço. I love you so... canta o ipod. Lembras-te quando dancámos partilhando o ipod, com o monte lá ao longe? O conteúdo da caixa circula em mim como o sangue. Um espaço exclusivo como cada veia que liga as partes do meu corpo, que é teu. Como se o Mundo fosses tu. Tudo tão simples. Tão próximo. Tão lindo. Tão à mão. Tão distante. O pormenor da caixa. Sou uma caixa. És uma caixa. Ninguém, para além de nós, sabe o que guarda. O seu conteúdo. O significado de cada objecto. Das peças que estão por juntar. O espaço da caixa ocupado por cada afecto. Afectos que começámos a trocar onde a realidade é mais verdadeira. Afectos que são tudo. Que mais há de importante que os afectos? O cheiro azul está tão intenso. Alucino agora mesmo. A caixa deixou de existir. Estou contigo de mão dada. Estamos livres. Sorrimos. Somos unos. As cores do cenário cantam em cada passo que damos, passos de crianças que somos. O sol brilha, sorrindo. O mar tem peixes enamorados. As nuvens beijam-se. Estamos de mãos dadas, saltitando de felicidade. Um beijo agora. Outro e outro. Sorrisos. Dá-me esse sorriso de lingua no meio dos dentes. Deixo de alucinar. Está tudo na caixa. Até o que alucino. Tudo na caixa. Tudo o que partilhámos e os sonhos. Caixa, o que esconde, sinónimo de amor. Cada pormenor do que guarda saido do que és... Amor. Amáste-me hoje, sem sequer nos tocarmos. Sonho contigo a cada instante. Como que tudo fosses tu. O Mundo. Ter o Mundo? O Puzzle. Quero juntar cada peça. Fazer do puzzle, nós. Quero terminar o puzzle, mesmo que tenhas ficado com algumas peças. Vou termina-lo, mesmo sabendo que não vou conseguir. Vou termina-lo por que, lá está, és minha na medida em que te sinto. Um sonho achar que o que se sente é tudo, que nada mais interessa. Um sonho sim, mas um sonho pelo qual não desistirei de lutar. Sentir é tudo. Agora. Para sempre. Até sempre, Luz. Um beijo, na medida do que sinto...
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