quarta-feira, 7 de abril de 2010

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Tal qual como que de uma veia se tratasse.
Uma artéria por onde circula o nosso fluido, a uma velocidade vertiginosa, inimaginável, ofegante.
Uma ligação secreta, invisível mas cheia de luz.
A Luz que só os teus olhos vêem, sim, os teus olhos que são os mesmos por onde olho.
Apetece-me fecha-los para sentir ainda mais as pulsações, que são só nossas.
Para ouvir o fluido a correr, o fluido que é só nosso.
A correr de uma coração para o outro.
Corre, ele corre, corre, para o coração que é o mesmo.
Sinto-te mais do que nunca, meu Amor.
Sinto-te a tocar-me o ombro.
O meu ombro esquerdo ganha vida ao sentir o toque da tua face direita.
Os sinais do teu lábio encostam-se ao meu coração.
E eles brilham para meus olhos, que são os mesmos que os teus.
Os teus sinais brilham ainda mais, nesta escuridão.
Sinto-os no meu peito. Sinto-te no meu peito.
Quero que fiques assim, só assim, no meu peito, que é o mesmo que o teu.
Ficar assim, o tempo que for preciso, sem dizer uma palavra.
Rapara no cheiro, huuuummm o cheiro do nosso fluido transpira como um campo das mais belas Flores.
Há flores em todo o lado, pelo mundo inteiro, o mundo que é o nosso.
As flores crescem, sorriem, cantam, brincam, transpiram alimentadas pelo nosso fluido.
Esse fluido secreto, sedento, sincero que faz de estafeta entre o coração, o meu e o teu que é um só.
Sinto-me numa piscina, envolto por todos os lados... envolto de ti, meu Amor!
Quero ficar assim, até voltar a abrir o olhos e ver-te a sorrir.

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